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64o. CTC – 13 e 14 de dezembro de 2001.
Esta foi a primeira reunião com os novos membros
do Conselho, inclusive eu e o Marcelo. Tramitaram 118 processos de cursos
novos, em que foram aprovados 46; e começaram os esforços no sentido de
atrair apoio dos conselheiros para os mestrados profissionalizantes.
Também foi abafada a indicação de representação discente no Conselho
Superior e mencionaram o problema dos ‘cursos fora de sede’ – que
nada mais é que pós-graduações à distância, que estão surgindo como
programas autônomos ou apêndices de programas pré-existentes.
65a. CTC – 4 e 5 de fevereiro de 2002.
Foram homologados os resultados finais da
avaliação de 2001 e definidas as linhas gerais da avaliação continuada
de 2002, que deve revisar os seguintes procedimentos:
- O quadro docente é avaliado segundo seu
NRD (Núcleo de Referência Docente), que verifica especialmente
quantas são as horas de dedicação dos professores. No entanto
vários conselheiros o consideraram um parâmetro insuficiente e que
está sendo distorcido no envio de dados para avaliação.
- O item sobre produção intelectual foi
considerado vago, sendo sugerida sua especificação como produção
acadêmica, técnica, artística e prestação de serviço. Isso tudo
deve estar presente no QUALIS.
- No sentido de viabilizar aquele apoio
pretendido para os mestrados profissionalizantes, foi encaminhado um
documento cujo principal argumento era sobre a existência de uma
demanda de formação que não se dirigia apenas à pesquisa. Baseado
nesta especificidade, sua avaliação foi considerada inadequada pois
aplicava muitos critérios dos mestrados acadêmicos. Foi o que
justificou a proposta de criação de uma comissão específica que se
responsabilizasse pela avaliação destes mestrados, formada por 7
membros, 4 de atuação acadêmica e 3 profissionais não-acadêmicos.
Surgiu nova polêmica sobre a falta de representante discente, que foi
tratorada alegando que essa representação não está prevista nas
comissões.
- Foi criticado o Decreto 3860/2001, que
condiciona a criação de universidades à existência de no mínimo 3
pós-graduações. Assim, na prática se burlava a necessidade de
existência de grupos de pesquisa consolidados antes da criação de
mestrados e doutorados, porque o corpo docente poderia ser reunido ‘artificialmente’.
Para evitar isso e diminuir a demanda por cursos novos, sugeriu-se o
envio de uma moção ao Conselho Nacional de Educação se referindo
à Resolução 01/2001 do Conselho Superior e do próprio Conselho
Nacional que interpreta a “pesquisa institucionalizada” mencionada
na LDB como grupo de pesquisa e não pós-graduação.
66o. CTC – 14 e 15 de março de 2002.
Além da avaliação de cursos novos e em
andamento, o conselho discutiu a possibilidade de definição de um prazo
de ‘carência’ após as reprovações para evitar o ciclo de reenvio
de processos no mesmo ano. Outra proposta foi fazer um registro não
apenas da produção por professor, mas por instituição, pra impedir o
aluguel de currículos com a ‘migração’ do que é produzido numa
instituição sendo contado na avaliação de outra.
Foi aprovada a comissão para análise dos cursos
profissionalizantes com a avaliação específica fundamentada na demanda
crescente de perfil não-acadêmico etc. Esse mesmo argumento reforçou o
aspecto da terminalidade destes cursos que alguns conselheiros queriam
abstrair.
Mencionou-se a diminuição da pós-graduação
como referência das políticas de fomento à pesquisa do CNPq. Por outro
lado não houve reforço por parte da CAPES, de modo que se ampliou a
lacuna no financiamento como um todo já que há mais ou menos 6 anos não
tem bolsa para cursos novos, foram canceladas as taxas de bancada e não
houve aumento das cotas, mantidas no mesmo patamar para o doutorado e
reduzidas no mestrado.
Foi nessa reunião que o Marcelo apontou um
bilhão de irregularidades e acrescentou informações adicionais sobre o
mestrado de direito da UNIT, que ia passar batido por todos os
conselheiros mas terminou sendo reprovado.
Toda reunião é normal que algum professor
mencione o baixo valor das bolsas, e nesta se falou de uma promessa de
aumento que o FH fez na Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia
realizada em setembro do ano passado.
Relatório
das Reuniões (CTC/CAPES) - Marcelo
Nerling
- Reunião
CTC/CAPES;
- Aprovação
de indicativo do CTC para que o Conselho Superior da CAPES fosse
ocupado também por um representante da ANPG;
- Requerimento
a todos as diretores das grandes áreas do CTC, assim como junto aos
comitês de cursos, para participação de representantes discentes
dos pós-graduandos; [Não apreciado até o momento]
- Contato
com a presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados
para apoio na luta contra o Mestrado Profissionalizante e pelo
reajuste de bolsas;
- Elaboração
de ofício entregue a Coordenação Geral ANPG e endereçado ao
Presidente da CAPES, do CNPq e Presidente da República, solicitando
audiência para tratar do tema do reajustamento de bolsas;
- Participação
no II Fórum Social Mundial, em Porto Alegre no RS;
- Redação
do livro: NERLING, Marcelo Arno. Mestrado profissionalizante? São
Pulo: APG/Lorosae, 2002. ISBN 85-88804-02-6; 85-88775-04-2. Editado
pelo colega Antonio Lacerda Miotto.
- Tiragem
de duas edições do jornal A Gazeta, da APG/PUC/SP [ISSN 1676-4323]
em parceria com o colega Antonio Lacerda Miotto, citando a ANPG e a
luta contra o Mestrado Profissionalizante.
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